De 2020 a 2024, a atividade gerou cerca de R$ 83.000,00 por ano para os agricultores
Nos dias 22 e 23 de janeiro, os técnicos do Vale Sustentável entregaram 40 colmeias de abelhas nativas do Bioma Caatinga às famílias dos assentamentos Novos Pingos e Patativa do Assaré, em Assú, no Rio Grande do Norte. Os agricultores vão receber capacitação sobre a meliponicultura – criação de abelhas sem ferrão, até 2027 serão entregues mais três meliponários à população rural, totalizando 10 equipamentos deste tipo. O Projeto Vale Sustentável tem como entidade executora a Associação Norte-Rio-Grandense de Engenheiros Agrônomos (ANEA), em parceria com a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Desde 2021, os municípios de Assú e Guamaré, no Rio Grande do Norte, vêm recebendo ações como esta. As famílias dos assentamentos Professor Maurício de Oliveira, Lagoa de Baixo, Santa Paz, Santa Maria III e Umarizeiro contam com a estrutura de meliponários, instalados pelo projeto nas comunidades. De 2021 a 2024, a atividade gerou cerca de R$ 83.000,00 por ano para os agricultores.
As abelhas são fundamentais para a sobrevivência humana, sendo responsável pela polinização que permite a fecundação e formação de frutos e sementes, aumentando a produtividade agrícola e conservando os ecossistemas, além disso, protegem a biodiversidade. Com a popularização das ações, os meliponicultores de Guamaré foram incluídos na Rota do Mel pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte – Sebrae.
![Mel de abelhas nativas do Bioma Caatinga foto elizangelo fernandes](https://i0.wp.com/pipanoticias.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Mel-de-abelhas-nativas-do-Bioma-Caatinga-foto-elizangelo-fernandes-2.jpeg?resize=768%2C1024&ssl=1)
O Vale Sustentável doou 75 colmeias da espécie Jandaíra – nativa do Bioma Caatinga para implantação da meliponicultura na região e realizou a formação dos novos meliponicultores, um investimento de R$ 28.750,00. Durante esse período as famílias residentes nos cinco assentamentos beneficiados multiplicaram 87 colmeias e através da assistência técnica adquiriram mais 115, em média, o litro de mel é comercializado a R$ 300 nas feiras e mercados locais.
Somente nesta atividade são quase 1 mil pessoas impactadas, gerando formação e renda para a comunidade. Como comenta o coordenador geral do projeto, Elisângelo Fernandes. “A implantação dos meliponários trouxe uma outra perspectiva para os agricultores e uma nova ocupação para os homens e mulheres do campo, que agora tem uma renda extra. É importante destacar que sem as abelhas não há alimento, são elas as responsáveis pela produção”.
![Mel de abelhas nativas do Bioma Caatinga foto elizangelo fernandes](https://i0.wp.com/pipanoticias.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Mel-de-abelhas-nativas-do-Bioma-Caatinga-foto-elizangelo-fernandes-1.jpeg?resize=800%2C600&ssl=1)
O agricultor Railson Baracho é morador do assentamento Professor Maurício de Oliveira e foi um dos primeiros beneficiários da atividade. A partir do meliponário matriz, implantou um outro no quintal da sua casa. Hoje, ele é criador de abelhas e confecciona caixas para outros meliponicultores de todo o estado.
O técnico agrícola do projeto, Luciano Bezerra, possui mais de 100 colmeias no “Recanto das Nativas”, como auto-intitulou seu quintal, ele destaca a formação para melhor aproveitamento da atividade. “O trabalho gerou bons resultados devido sua estruturação, é fundamental capacitar esses meliponicultores para que haja o manuseio correto das abelhas. Além disso, a assistência técnica incentiva os produtores rurais a darem continuidade a criação”, disse.
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