A alteração na coloração da água entre as praias do Golfinho e de Cacimbinhas, em Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, acendeu um alerta entre órgãos de proteção ambiental. A presença de tons avermelhados no mar chamou a atenção de moradores, turistas e autoridades, levando o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) a iniciar uma avaliação técnica emergencial.
Monitoramento em andamento
De acordo com o Idema, profissionais do setor de balneabilidade devem visitar a área ainda nesta semana para coletar amostras e investigar o que provocou a mudança na cor do mar. Até o momento, não existe confirmação oficial sobre a origem do fenômeno.
A instituição reforça que somente análises laboratoriais poderão revelar se a situação tem relação com algum tipo específico de microalga e se há risco potencial para banhistas e para a fauna marinha.
Fenômeno pode estar ligado à Maré Vermelha
Uma das hipóteses avaliadas é a ocorrência da chamada Maré Vermelha, evento conhecido mundialmente e provocado pela multiplicação acelerada de algas microscópicas no oceano.
Quando há excesso desses organismos — muitas vezes do grupo das dinoflageladas — o mar pode adquirir tons que variam do amarelo ao vermelho intenso. Além disso, durante o processo de proliferação, algumas espécies liberam toxinas capazes de afetar a qualidade da água e até o ar, dependendo das condições ambientais.
O que favorece esse tipo de evento?
Entre os fatores que podem estimular o crescimento exagerado de microalgas estão:
- Aumento de nutrientes no mar
- Elevação da temperatura da água
- Mar calmo e com pouca circulação
- Descarte irregular de esgoto e matéria orgânica
Com essas condições, o fenômeno costuma durar entre 12 e 48 horas, podendo se dispersar naturalmente sem grandes impactos — ou exigir medidas de precaução, caso haja risco comprovado.
Recomendação ao público
Até que os resultados das análises sejam concluídos, a orientação geral é evitar o banho em áreas onde a água está visivelmente alterada. Sintomas como irritações na pele, coceira e desconforto respiratório podem indicar contaminação por toxinas.
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