Canguaretama celebra 380 anos do Morticínio dos Mártires de Cunhaú

Morticínio dos Mártires de Cunhaú FOTO reprodução
Morticínio dos Mártires de Cunhaú FOTO reprodução

Canguaretama celebra 380 anos do martírio dos primeiros mártires do Brasil com fé e memória histórica

A Capela de Nossa Senhora das Candeias, em Canguaretama, foi palco de um dia especial de fé e devoção. Centenas de fiéis participaram, nesta segunda-feira (15), de uma intensa programação religiosa em homenagem aos 380 anos do Morticínio dos Mártires de Cunhaú — um dos episódios mais emblemáticos da história do Rio Grande do Norte e do Brasil colonial.

O momento, marcado por orações, louvores e muita emoção, resgata a memória dos primeiros mártires brasileiros reconhecidos oficialmente pela Igreja Católica. A Prefeitura de Canguaretama, em apoio às celebrações, reforçou seu compromisso com a valorização das raízes culturais e religiosas do município, promovendo ações que resgatam a história e fortalecem a identidade local.

Entenda o Morticínio dos Mártires de Cunhaú

O episódio histórico remonta ao dia 16 de julho de 1645, quando dezenas de fiéis católicos foram assassinados dentro da Capela de Nossa Senhora das Candeias, no antigo Engenho Cunhaú, durante uma missa celebrada pelo padre André de Soveral. O ataque foi promovido por forças holandesas e indígenas aliados, no contexto das invasões batavas no Nordeste e da perseguição religiosa aos católicos sob domínio protestante.

Entre as vítimas estavam o próprio padre Soveral, o leigo Domingos Carvalho e outros homens, mulheres e crianças que se tornaram símbolos da fé cristã no Brasil. O martírio foi reconhecido oficialmente pela Igreja, e os chamados Mártires de Cunhaú e Uruaçu foram canonizados pelo Papa Francisco em 2017, tornando-se os primeiros santos mártires brasileiros.

Hoje, o episódio é lembrado não apenas como um marco da religiosidade popular, mas também como um capítulo importante da formação cultural e histórica do povo potiguar.

Portanto, a cada ano, a celebração atrai romeiros de diversas partes do estado e do país, mantendo viva a memória dos mártires e reafirmando a devoção de uma comunidade que faz da fé um pilar da sua identidade.

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