Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam que estoque de vagas disponíveis do core business do segmento aumentou 73%, frente a 21,6% da média nacional
O setor de eventos de cultura e entretenimento no Brasil segue em ritmo consistente de expansão. De acordo com o mais recente Radar Econômico, boletim da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE) com base em dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o estoque de empregos formais (total de vagas disponíveis em um mercado de trabalho) no core business do setor está 73% acima dos níveis registrados em 2019.
Para efeito de comparação, o estoque total de empregos formais na economia brasileira como um todo cresceu 21,6% no mesmo período, o que significa que o desempenho do segmento de eventos foi mais que o triplo da média nacional, evidenciando uma recuperação sólida e acima da curva. O maior destaque vai para a atividade classificada sob a CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas) “Atividades de organização de eventos”, que mais que dobrou seu desempenho em postos formais: o número de trabalhadores passou de 47.262 em 2019 para 109.025 em abril de 2025, representando um crescimento expressivo de 130,7%.
O boletim também traz estimativas de consumo no setor de eventos, que alcançou R$ 11,485 bilhões em abril de 2025. No acumulado do primeiro quadrimestre, o volume chegou a R$ 46 bilhões, com crescimento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2024.
PERSE Os dados positivos reforçam a importância do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), criado durante a pandemia para mitigar os impactos econômicos e garantir a sobrevivência das empresas do setor. De acordo com a ABRAPE, os resultados evidenciam que o PERSE foi decisivo não apenas para a manutenção de empregos no período crítico, mas também para viabilizar o crescimento sustentável após a crise.
“O setor de eventos está puxando a empregabilidade no Brasil e tem papel fundamental na recuperação econômica do país. Os resultados positivos vêm sendo aferidos de forma consistente desde 2022, impulsionados diretamente pelos efeitos do PERSE. O programa foi essencial para assegurar o fôlego que as empresas precisavam para atravessar a pandemia. Agora, vemos claramente como essa política pública contribuiu para a reconstrução e expansão do setor”, afirma o empresário Doreni Caramori, presidente da ABRAPE.
O Radar Econômico da ABRAPE utiliza dados do IBGE, números do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Receita Federal.
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