Em Tibau do Sul e em todo o litoral sul do Rio Grande do Norte, a queima de lixo em terrenos abertos ainda é um hábito comum em diversas comunidades.

Em algumas áreas, especialmente as mais afastadas de centros urbanos e com infraestrutura limitada para coleta de resíduos, moradores recorrem à queima como uma alternativa rápida para se livrar do lixo doméstico e de outros materiais.

No entanto, essa prática traz sérios riscos para o meio ambiente e a saúde da população local.

Impactos ambientais

A queima de lixo libera uma série de poluentes perigosos no ar, incluindo dióxido de carbono, dióxido de enxofre, e metais pesados como chumbo e mercúrio. Além disso, resíduos plásticos e outros materiais tóxicos, ao serem queimados, podem emitir substâncias como dioxinas e furanos, que são altamente cancerígenos. A poluição do ar resultante pode viajar longas distâncias, prejudicando ecossistemas costeiros sensíveis, como mangues e restingas.

 

Riscos à saúde da população

A exposição direta à fumaça da queima de lixo é especialmente perigosa para crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. A inalação de poluentes pode agravar doenças como asma, bronquite e outras condições respiratórias. Além disso, a prática pode ser um fator de aumento da pressão arterial e, em longo prazo, contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas.

 

Incêndios acidentais

A queima em terrenos abertos também representa um risco significativo de incêndios descontrolados, que podem se alastrar para áreas vizinhas e destruir vegetação nativa, além de ameaçar residências e pequenas propriedades agrícolas. Durante períodos de seca, comuns na região, o risco de incêndios aumenta drasticamente, afetando a fauna e flora locais. Em  Tibau do Sul tivemos recentemente um incêncio que acabou com 4 chales em construção.

 

Educação ambiental e alternativas

Algumas comunidades do litoral potiguar já estão tomando medidas de conscientização ambiental, promovendo campanhas educativas sobre os perigos da queima de lixo. Projetos que incentivam a separação de resíduos recicláveis e o compostagem orgânica também vêm surgindo na região como alternativas sustentáveis.