Apesar do saldo negativo no mercado de trabalho potiguar em março, micro e pequenas empresas puxam geração de empregos no estado, segundo boletim do Sebrae-RN com base no Caged
Em março de 2025, o Rio Grande do Norte registrou um saldo negativo de 1.918 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 20.418 admissões frente a 22.336 desligamentos, conforme aponta o Boletim de Emprego elaborado pelo Sebrae-RN com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No entanto, mesmo diante do cenário desfavorável, os pequenos negócios seguem como os principais vetores de geração de emprego formal no estado.
De acordo com os dados acumulados no ano, as micro empresas foram responsáveis por criar 4.560 novos postos de trabalho, sendo 1.679 goram geradas em março — o maior saldo entre todos os portes empresariais no período. Em contrapartida, as médias e grandes empresas (MGEs) apresentaram retração, com fechamento de mais de 3 mil vagas.
O bom desempenho dos pequenos negócios é ainda mais relevante quando se observa o comportamento por setor. No acumulado de 2025, o setor de Serviços lidera a geração de empregos no RN, com saldo de 3.038 novas vagas, seguido pela Construção Civil (2.076). Ambas as áreas são fortemente impulsionadas por empresas de menor porte, que desempenham papel fundamental na absorção de mão de obra local.
O setor agropecuário lidera a retração no saldo do emprego com – 3.790 empregos, seguido pela Indústria -936. Os municípios que lideram com maior número de desligamentos no RN foram Mossoró (1.026), Ares (-646) e Baía Formosa (-426).
Para o Sebrae-RN, os números confirmam a resiliência dos pequenos negócios frente às oscilações do mercado. “Março historicamente é um dos meses mais desafiadores para o emprego formal, especialmente em razão do fim do ciclo da safra, quando muitos contratos temporários são encerrados. Esse movimento impacta negativamente os números gerais, mas reforça ainda mais a importância dos pequenos negócios, que seguem contratando e sustentando a base da economia potiguar”, avalia o superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo.
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Na análise regional, o RN foi um dos seis estados do Nordeste a registrar saldo negativo em março, ao lado de estados como Alagoas e Sergipe. Apesar disso, municípios como Parnamirim (356), São Gonçalo do Amarante (197) e Ipanguaçu (169) apresentaram saldo positivo, evidenciando dinâmicas locais distintas.
O estoque total de empregos formais no estado chegou a 536.392 vínculos em março. O desempenho do primeiro trimestre de 2025, ainda que moderado, reforça a necessidade de políticas públicas voltadas ao fortalecimento das MPEs, que continuam sustentando a empregabilidade mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador.
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