A Prefeitura de Tibau do Sul deu início à obra de contenção nas falésias do Chapadão, na Praia da Pipa, em maio de 2025. A intervenção ocorre após episódios graves entre 2023 e 2024, quando foram registrados acidentes fatais na região, acendendo um alerta sobre a segurança do local, que é um dos principais pontos turísticos do município.
Obra necessária para o Turismo
Desde então, a gestão municipal informou que vinha realizando estudos em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) e o Ministério Público Federal (MPF), com o objetivo de encontrar uma solução técnica que equilibrasse a segurança dos visitantes, a preservação ambiental e a atividade turística.7
A obra atual é uma intervenção inicial de contenção e sinalização, com o propósito de impedir a aproximação de turistas da borda da falésia. A estrutura, feita com madeira de eucalipto e corda náutica, está sendo instalada a uma distância segura da borda. O projeto abrange quatro pontos críticos, entre a Praia da Pipa e a comunidade de Sibaúma, cobrindo aproximadamente 900 metros de extensão. Também está prevista a instalação de placas de sinalização preventiva ao longo da área.
População com muitas opiniões
A medida, no entanto, tem gerado debate entre moradores, ambientalistas e comerciantes locais. Enquanto uma parcela da população aprova a iniciativa por priorizar a segurança, outra demonstra preocupação com o impacto ambiental da obra. Uma das críticas mais frequentes diz respeito à técnica de fixação das estacas na falésia, o que, segundo moradores, poderia comprometer a estabilidade natural do terreno.
Alguns sugerem soluções alternativas, como a criação de um estacionamento com acesso controlado e a instalação de uma barreira de proteção mais afastada da borda, permitindo apenas o tráfego de pedestres na área do Chapadão. Por outro lado, há o entendimento de que a região possui outros trechos igualmente perigosos, um pouco mais afastado do famoso Chapadão e a proibição total de circulação ou passeios turísticos poderia afetar diretamente a economia local, que tem no turismo sua principal fonte de renda.
Como em muitas decisões na gestão pública, o desafio é encontrar o equilíbrio entre proteção ambiental, segurança e desenvolvimento econômico.
Nossa redação procurou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Tibau do Sul que deu mais explicações e detalhes sobre a obra.
Confira a Nota da Prefeitura
“A Prefeitura de Tibau do Sul, após prévio entendimento com a Defesa Civil Estadual e o IDEMA, extraído de duas reuniões, realizadas com os referidos órgãos públicos, bem assim considerando sugestão do Ministério Público Federal, iniciou a implantação de cercas de proteção, em trechos considerados de alto risco na área do Chapadão, localizado na Praia da Pipa, como forma preventiva de evitar acidentes e ampliar a segurança de moradores e turistas que visitam o local.
Ao todo, serão 900 metros de cercamento, utilizando madeira de eucalipto e corda náutica, em uma estrutura que preserva a paisagem natural e não compromete a vista privilegiada da falésia. Além das cercas, placas de sinalização estão sendo instaladas para reforçar os alertas de perigo e promover a conscientização sobre os riscos da área.
A medida atende ao Decreto Municipal nº 008/2025, que declara situação de emergência no trecho, com base no relatório técnico da Defesa Civil e no permissivo legal previsto no art. 8o., da Lei Federal 12.608/2012. O documento aponta a necessidade de intervenção imediata para prevenção de acidentes, destacando o caráter emergencial da ação. para esclarecer se houve estudos técnicos e licenciamento ambiental para a execução da obra, mas até o fechamento desta matéria, não houve retorno.”
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