UFRN faz mapa de risco da erosão costeira na Praia de Pipa

Um estudo conduzido por estudantes da UFRN, juntamente com professores e pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – INCT Klimapolis –, um projeto do CNPq financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apresenta uma análise científica da situação crítica da orla marítima do Rio Grande do Norte, que abrange a conhecida praia de Pipa. Os resultados dessa pesquisa foram documentados em um artigo publicado na Revista Brasileira de Geomorfologia.

O referido artigo destaca a presença de falésias ativas da Formação Barreiras e praias arenosas, intersectadas por desembocaduras de lagoas, rios e estuários. Diante desse contexto geológico-geomorfológico, sujeito a uma dinâmica costeira intensa, o estudo revela que acidentes têm ocorrido devido ao uso inadequado e à ocupação inadequada do solo, além de decisões fundamentadas em políticas públicas ineficazes.

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O trabalho apresenta um mapa de risco para a erosão costeira e movimentos gravitacionais de massa no trecho urbano da praia de Pipa. A pesquisa utilizou uma análise integrada em um ambiente de sistema de informações geográficas, abrangendo dados espaciais do meio físico, pluviométricos, reanálises do regime de ondas e de infraestruturas instaladas inadequadamente.

Os resultados indicam setores categorizados como de alto risco (R3), muito alto risco (R4) e pontos de risco de desastres iminentes, confirmados por visitas a campo. O professor Venerando Amaro, do Departamento de Engenharia Civil da UFRN e integrante gestor do INCT Klimapolis, esclarece que o mapa de risco proporciona uma compreensão da sinergia entre os processos continentais e marinhos que impactam a retração da linha de costa, fornecendo subsídios para o planejamento e controle ambiental costeiro nas decisões relacionadas a intervenções adequadas para a redução de desastres.

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O professor destaca que, desde 2019, um projeto para transformar o Chapadão em Monumento Geológico foi apresentado, mas até o momento, não foram tomadas providências. Os autores do artigo incluem, além do professor Venerando, as pesquisadoras Luana Raquel (UFRN), Ada Cristina Scudelari (UFRN) e Lívian Rafaely de Santana Gomes Pinheiro (UFRN).

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