Eventos são o novo motor da economia da experiência

foto divulgação

Setor global deve atingir US$ 2,5 trilhões até 2035 e já representa 13% do PIB de serviços no Brasil, impulsionando turismo, emprego e inovação

Segundo a Allied Market Research (2024), o mercado global de eventos deve movimentar US$2,5 trilhões até 2035, com crescimento médio anual de 6,8%. No Brasil, dados da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC Brasil) e do Observatório do Turismo de São Paulo indicam que o setor já responde por cerca de 13% do PIB de serviços, reunindo mais de 330 mil empresas ativas e gerando cerca de 7,5 milhões de empregos diretos e indiretos. O impacto econômico faz do segmento uma das principais engrenagens da chamada “economia da experiência”, que conecta turismo, hotelaria, alimentação, transporte e comunicação em torno de vivências ao vivo.

Para Camila Florentino, fundadora da Celebrar  Startup B2B, a força desse mercado está na convergência entre tecnologia e relacionamento. “Eventos são a principal plataforma de contato humano e de dados para as marcas. Cada experiência gera métricas valiosas sobre comportamento, engajamento e consumo, e a tecnologia passou a ser o eixo que organiza e distribui valor nessa cadeia”, afirma.

O crescimento global acompanha uma mudança de mentalidade nas empresas, que passaram a enxergar os eventos não apenas como ações de visibilidade, mas como ativos estratégicos de negócios. Segundo a consultoria Statista, o investimento corporativo em eventos híbridos e presenciais aumentou 42% entre 2022 e 2024, refletindo a busca por conexões reais em um contexto cada vez mais digital.

Nesse cenário, o Brasil desponta como um dos maiores mercados da América Latina. O setor de turismo de negócios e eventos representa 23% da ocupação hoteleira nacional, de acordo com o Ministério do Turismo, e responde por uma fatia crescente das viagens internacionais. Além disso, movimenta indústrias associadas como transporte aéreo, alimentação, audiovisual e publicidade, consolidando um ecossistema que soma mais de R$300 bilhões anuais, segundo levantamento da Ampro (Associação de Marketing Promocional).

A digitalização da cadeia de fornecedores, antes um dos maiores gargalos operacionais, tornou-se prioridade. A Celebrar, por exemplo, atingiu 90% de automação nos pagamentos a prestadores em 2025, por meio de integração direta com a API de Pix, reduzindo prazos e custos de gestão. “A automação financeira elimina camadas de burocracia e devolve tempo para as pessoas focarem no que realmente importa: criar experiências significativas”, explica Florentino.

Fundada em 2017, a empresa cresceu em média 150% ao ano e já movimentou mais de R$25 milhões em pagamentos a micro e pequenos empreendedores. O modelo, baseado em eficiência operacional e inclusão produtiva, reforça como a tecnologia pode acelerar a democratização das oportunidades no setor. “O propósito é simples: fazer com que cada fornecedor, por menor que seja, tenha acesso a oportunidades reais em um mercado que movimenta trilhões”, resume a executiva.

Para os próximos anos, especialistas apontam que a integração entre dados, inteligência artificial e sustentabilidade será o tripé da nova economia da experiência. E, se depender da força do setor e de iniciativas como a da Celebrar, o futuro dos eventos será cada vez mais conectado, eficiente e humano.

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