MPF pede novo ordenamento na Via Costeira preservar área de proteção ambiental

Via Costeira concentra boa parte dos leitos de hotéis em Natal Foto Divulgação ABIH
Via Costeira concentra boa parte dos leitos de hotéis em Natal Foto Divulgação ABIH

Os Ministérios Públicos Federal e Estadual recomendaram ao governo do Rio Grande do Norte, à Prefeitura de Natal e ao governo federal que organizem o uso da Via Costeira. Conforme ressaltado por promotores e procuradores da República, a principal preocupação das autoridades é com a preservação ambiental desse trecho de aproximadamente 10 km na capital potiguar, que se estende entre as praias de Ponta Negra e Areia Preta.

A recomendação será oficialmente divulgada no Diário Oficial nesta quinta-feira (12). A Superintendência do Patrimônio da União, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema-RN) e a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb) terão um prazo de 30 dias para responder ao documento, informando se adotarão ou não as medidas sugeridas.

Os órgãos recomendam que o trecho da Via Costeira seja reconhecido como uma Zona de Amortecimento, o que estabelece normas de proteção à Unidade de Conservação do Parque das Dunas, aos terrenos da Marinha e à área marítima correspondente.

“Qualquer Unidade de Conservação deve contar com uma Zona de Amortecimento, que estabelece diretrizes mais rígidas para construções. O objetivo é evitar uma sobrecarga de construções, que poderia exercer grande pressão sobre a área e, eventualmente, prejudicar a Unidade de Conservação”, explicou a promotora Gilka da Mata, do Ministério Público do RN.

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A ocupação da Via Costeira teve início em 1977, quando o governo do estado desapropriou diversos lotes à beira-mar para permitir a construção de empreendimentos no local.

Recentemente, com a aprovação e sanção do novo Plano Diretor de Natal, após mais de uma década de debates, os Ministérios Públicos Estadual e Federal expressaram preocupação, classificando o plano como um risco para a Via Costeira, pois permite construções em áreas e com dimensões antes restritas.

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